A figura pública e influenciador de criptomoedas, Richard Heart, foi recentemente processado pela Securities and Exchange Commission (SEC) dos EUA por fraude de valores mobiliários. Heart é acusado de desviar milhões de dólares de investidores para a aquisição de produtos de luxo, incluindo o maior diamante negro do mundo, relógios e carros esportivos.
O processo movido pela SEC em Nova York alega que Heart angariou mais de US$ 1 bilhão em títulos cripto não registrados por meio de suas empresas Hex, PulseChain e PulseX. Segundo o processo, ele usou pelo menos US$ 12 milhões desses fundos para despesas pessoais, que incluem mais de US$ 2 milhões em relógios Rolex.
Eric Werner, diretor do escritório regional da SEC em Fort Worth, Texas, esclareceu em comunicado à imprensa que Heart induziu os investidores a comprar criptoativos em ofertas não registradas e posteriormente utilizou uma parte desses ativos para aquisições de alto valor.
A SEC também acusa Heart de uma prática conhecida como reciclagem. Ele teria reportado a venda de tokens Hex em 2019 em troca de 2,3 milhões de Ethereum, equivalentes a US$ 678 milhões, mas esse investimento teria sido realizado pelo próprio Heart com auxílio de outros investidores da Hex. Esta manobra permitiu que ele mantivesse o controle da criptomoeda, enquanto simulava uma demanda elevada por ela.
Após o anúncio das acusações, a Hex, criptomoeda criada por Heart, atingiu seu nível mais baixo desde 2021. A SEC incentiva investidores da Hex, PulseChain e PulseX a fornecerem informações adicionais por meio do site da instituição.
Heart, conhecido por sua ostentação nas redes sociais, frequentemente compartilha detalhes de suas compras de luxo, como evidenciado por um tweet de 2022, no qual ele aparece com artigos da Lamborghini, Gucci, Bulgari e Rolex. Além disso, em seu canal no YouTube, ele oferece conselhos de autoajuda, mas alerta os seguidores sobre o risco de confiar demais em figuras públicas.
Por fim, no seu site, Heart afirma ter ajudado milhares de pessoas a superar vícios como jogos de azar, negociação excessiva, alcoolismo e vício em videogames. Ainda não se sabe quem irá representá-lo legalmente no processo.
