A FTX, após seu colapso em novembro, tem estado no centro de uma missão de recuperação de fundos, devido às suas generosas doações, totalizando US$ 93 milhões, feitas entre março de 2020 e novembro de 2022.
A recuperação desses fundos tem sido uma tarefa complexa, já que cerca de 180 políticos nos Estados Unidos foram beneficiados, no entanto, apenas 19 demonstraram interesse ou efetivamente devolveram os valores recebidos.
Uma instituição que optou pela devolução é o Metropolitan Museum of Art (Met), de Nova York. Em um processo formalizado no Tribunal de Falências dos Estados Unidos em Delaware, o museu anunciou que retornará as doações recebidas da FTX.
A decisão veio após “negociações independentes, de boa fé” com os credores. Através da West Realm Shires Services, que facilitou as operações diárias da FTX, o Met recebeu um total de $ 550.000, divididos em dois pagamentos.
Não apenas políticos e museus, mas comitês de ação política e instituições de ensino também foram beneficiados pelas doações da FTX. O comitê “Proteja nosso Futuro” foi o maior beneficiário, recebendo um total de US$ 27 milhões. Enquanto isso, a Universidade de Toronto recebeu US$ 500.000 e decidiu, similar ao Met, devolver o valor.
Em um gesto similar, o Alignment Research Center comunicou que retornará os $ 1,25 milhão recebidos da FTX, reiterando que os fundos “pertencem moralmente aos clientes ou credores da FTX”. A ProPublica também manifestou sua intenção de devolver os $ 1,6 milhão recebidos.
A recuperação de fundos tem sido um desafio desde a queda da FTX, e a nova administração, liderada pelo CEO John Ray, tem trabalhado para reverter a situação.
Até agora, o executivo conseguiu recuperar aproximadamente US$ 6,2 bilhões em ativos. No entanto, a questão da devolução dos fundos permanece, na maioria dos casos, ainda pendente.