O mês de dezembro costuma ser um período vibrante para o mercado de criptomoedas, especialmente devido à força que o Bitcoin mostrou nos meses que antecederam. No fim de novembro, a criptomoeda líder do setor alcançou a impressionante marca de US$ 96,1 mil, repetidamente quebrando seu recorde histórico e chegando a se aproximar dos US$ 100 mil. Essa valorização impulsionou o entusiasmo do mercado e refletiu uma sólida confiança em seu desempenho.
Enquanto o Bitcoin se estabiliza, diversas altcoins também estão chamando atenção, destacando-se BNB, XRP e TRON como os tokens mais notáveis nas últimas semanas. Contudo, além dessas opções, especialistas apontam outras criptomoedas que apresentam promissora potencial para crescimento nos próximos dias.
Entre os tokens em evidência, o Bitcoin (BTC) permanece uma escolha de destaque. Beto Fernandes, analista da Foxbit, observa que a moeda continua atraindo grande demanda, com mais de US$ 10 bilhões em ETFs nos últimos 42 dias. Ele destaca a importância da acumulação por parte de grandes investidores e do público em geral, em um cenário onde a especulação tem ganhado espaço.
Fernandes também aponta para um possível fator de suporte: a mudança no governo dos Estados Unidos, que pode resultar em um ambiente regulatório mais favorável para o BTC. No entanto, ele alerta para um possível impacto de uma pausa na redução das taxas de juros pelo Federal Reserve, o que poderia fazer com que investidores se tornassem mais cautelosos e se afastassem do Bitcoin temporariamente.
Outro ativo que desperta interesse é o XRP, com um valor de mercado de US$ 136,3 bilhões. Fernandes comenta que a moeda da Ripple tem gerado bastante especulação. Essa volatilidade pode ser atraente, pois aumenta a possibilidade de lucros, mas também traz riscos elevados.
Há uma expectativa crescente sobre a aprovação de um ETF de XRP no próximo ano, alimentada por rumores de que o CEO da Ripple se reuniu com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump. Apesar das críticas a esse encontro, a narrativa tem impulsionado o otimismo em torno do token, especialmente com a aproximação da transição de governo.
A Solana (SOL), por sua vez, aparece como um nome a ser observado, com uma capitalização de US$ 107,7 bilhões. Pedro Gutiérrez, diretor Latam da CoinEx, menciona que a plataforma é a favorita para desenvolvedores de aplicações descentralizadas (dApps), NFTs e projetos DeFi, o que a torna popular em áreas como jogos e finanças.
A arquitetura inovadora da Solana, que oferece uma experiência de usuário aprimorada e avanços em interoperabilidade, a posiciona como uma solução ideal para adoção em grande escala. Fernandes destaca que, entre as criptomoedas do último ciclo, a Solana está entre as mais próximas de renovar seu recorde, ficando atrás apenas do Bitcoin. Uma recente falha da rede SUI, conhecida como “Solana Killer”, que resultou em uma interrupção de duas horas, pode reforçar a busca pela Solana como uma alternativa mais estável.
A Cardano (ADA), com um valor de mercado de US$ 41,5 bilhões, também é mencionada por Gutiérrez como uma escolha interessante, devido a atualizações como a expansão do Plutus V3, uma plataforma de contratos inteligentes. Esse desenvolvimento torna a Cardano ainda mais atraente para desenvolvedores e aumenta sua posição como uma solução confiável, adaptada às exigências crescentes do mercado.
A Chainlink (LINK), com uma capitalização de US$ 15,3 bilhões, é outra criptomoeda destacada. Gutiérrez ressalta sua importância como uma ponte entre blockchains e dados do mundo real, além de ser essencial para plataformas de empréstimos, seguros e derivativos descentralizados. Ele também comenta sobre a recente parceria da Chainlink com o Banco Central, integrando a rede ao sistema de pagamentos Pix. Essa colaboração reflete o crescente papel da Chainlink na integração de blockchain com sistemas financeiros tradicionais.
Por fim, a Stellar (XLM), com um valor de mercado de US$ 14,5 bilhões, é considerada uma criptomoeda que promove a inclusão financeira, especialmente em mercados emergentes e regiões carentes. Gutiérrez ressalta a ênfase da Stellar em transações rápidas e de baixo custo, um fator que é atrativo para regiões que buscam soluções econômicas.
No entanto, Fernandes adverte que o XLM é influenciado por rumores relacionados à Ripple, uma vez que o ex-cofundador da Ripple Labs também fundou a Stellar. Assim, os movimentos de preço dos dois tokens podem ter correlações, como observado em semanas recentes. A especulação em torno da aproximação da XRP com Donald Trump pode ter impulsionado os ganhos da Stellar, mas, como sempre, esse tipo de narrativa pode aumentar os riscos para os investidores.
A diversificação e as diferentes características de cada uma dessas criptomoedas destacam o mês de dezembro como um período com boas oportunidades, mas também com riscos a serem gerenciados com cautela.
