A primeira semana de abril começou com o bitcoin (BTC) em queda, mas mantendo-se acima de US$28.000. De acordo com o analista Jason Pizzino, podemos esperar que o BTC continue nesse caminho de alta, pois a criptomoeda primária está seguindo de perto um esquema de acumulação de Wyckoff.
Em suma, esse esquema é baseado na ideia de que os preços dos ativos se movem em ciclos de acumulação e distribuição. Os movimentos são influenciados por grandes participantes do mercado, como bancos e fundos de investimento. Esses ciclos podem ser identificados no gráfico de preços, permitindo que os investidores percebam padrões de comportamento do mercado e tomem decisões informadas sobre quando comprar ou vender um ativo.
O esquema de acumulação de Wyckoff é composto por quatro fases principais:
- A fase de acumulação, em que os investidores começam a acumular o ativo a preços baixos;
- A fase de markup, em que o preço começa a subir rapidamente à medida que a demanda aumenta;
- A fase de distribuição, em que os investidores vendem o ativo a preços elevados;
- A fase de markdown, em que o preço cai rapidamente à medida que a oferta supera a demanda.
Pizzino pensa que o bitcoin está na fase final do esquema de acumulação, indicando que a criptomoeda se prepara para a era de alta de preços. O analista aponta que, nesse caminho, o BTC deve chegar a US$42.000. Contudo, a cripto ainda precisa vencer, de fato, a marca de US$30.000, meta essa que Pizzino coloca para abril.
Abril: o mês da volatilidade do bitcoin?
O bitcoin mostrou grande resiliência em março, apesar da crise bancária. Afinal, a criptomoeda terminou o primeiro trimestre de 2023 com quase 70% de ganhos de preço. No entanto, a liquidez do mercado está secando. Sendo assim, os investidores podem pagar mais nas negociações devido a derrapagens, indicando a possibilidade de oscilações voláteis de preços em abril.
A crescente ação regulatória dos Estados Unidos e o fechamento de alguns bancos amigáveis à cripto continuam pressionando o mercado. Mark Connors, chefe de pesquisa da empresa de gerenciamento de ativos digitais 3iQ, observou que os turistas já saíram do mercado, e quem permanece deve estar preparado para a volatilidade.
Os volumes de negociação do BTC diminuíram significativamente, e as duas principais exchanges de criptomoedas, Binance e Coinbase, estão sob a mira dos reguladores dos EUA. Fiona Cincotta, analista sênior de mercados financeiros do City Index, afirmou que a queda nos volumes de negociação contribui para um mercado mais volátil e que é mais fácil para grandes pedidos moverem os preços do BTC.
Por outro lado, há um grande número de bitcoins saindo das plataformas cripto, o que pode indicar uma mudança nos comportamentos dos investidores. De acordo com o provedor de dados on-chain CryptoQuant, quase 46.000 BTC deixaram as exchanges nos últimos 10 dias.
Embora o Bitcoin tenha sido o ativo de melhor desempenho até agora em 2023, é importante que os investidores permaneçam vigilantes em relação à volatilidade do mercado e à crescente pressão regulatória sobre essa indústria, que deve continuar nos próximos meses.