A Binance pode enfrentar uma série de desafios e riscos em seu futuro, de acordo com o ex-advogado da SEC Enforcement Division, John Reed Stark.
Em um post, Stark destacou várias bandeiras vermelhas em torno da principal exchange do mercado de criptomoedas, incluindo uma ação da CFTC dos EUA, que alega violações regulatórias por parte da empresa de CZ.
A agência federal acusa a exchange cripto de incentivar clientes e funcionários a fugir das regulamentações dos Estados Unidos desde pelo menos 2018.
Além disso, o professor de direito mencionou a preocupação com a saída do auditor da Binance, o mistério em torno da localização da sede da empresa e a falta de prova de reservas e finanças auditadas.
Segundo Stark, empresas de criptomoedas como a Binance fazem “apropriação indébita regulatória” ao sequestrar rótulos regulatórios legítimos para criar um verniz falsificado de garantias, integridade, experiência e supervisão regulatória.
Criticando o modelo de prova de reservas da Binance, Stark aponta que ele não é considerado confiável pelo Conselho de Supervisão de Contabilidade de Empresas Públicas (PCAOB).
O advogado ainda sustenta que essa auditoria é insuficiente e que organizações legítimas não a aceitariam como evidência. Nesse sentido, o Stark aconselha aqueles com contas na Binance a sair da plataforma imediatamente.
A resposta da Binance
A equipe da exchange de criptomoedas não ouviu essas acusações sem responder. A mesma alegou que a auditoria tradicional de suas finanças permanece “longe” devido à falta de compreensão da profissão de contabilidade sobre o ecossistema cripto.
Além disso, a empresa garantiu que está comprometida em seguir as regulamentações e trabalhar em estreita colaboração com as autoridades reguladoras em todo o mundo.
Logo após a queda da FTX, a Binance decidiu utilizar o modelo de prova de reservas (PoR) para certificar os seus clientes de que os fundos dos mesmos não eram utilizados pela plataforma de negociação cripto.
Em dezembro de 2022, a Binance emitiu o primeiro relatório de auditoria feito pela Mazars, empresa global de auditoria financeira, que garantiu que a empresa de CZ havia passado por uma verificação de Prova de Reservas e Prova de Responsabilidades em 22 de novembro do mesmo ano.
Na época, a firma pediu à Binance para realizar pequenas transações em um horário específico para mostrar que as carteiras estavam realmente sob o controle da exchange. A empresa de auditoria chegou à conclusão que a empresa cripto mantinha bitcoins e Wrapped Bitcoin (WBTC) suficientes para cobrir o saldo de todos os usuários da plataforma.
No entanto, pouco tempo depois, a Mazars interrompeu a parceria com a exchange de criptomoedas e outras gigantes do setor, como a Kucoin, por exemplo, e excluiu seus relatórios.