Embora a Índia estivesse empolgada em lançar sua moeda digital do banco central (CBDC), ela não conseguiu ter o impacto que desejava. Isso porque a animação inicial entre os banqueiros indianos com o lançamento da rupia digital parece estar desaparecendo.
Segundo os bancos, a chegada de um CBDC pode aumentar seu trabalho de papel e contabilidade. Além disso, seria um crescimento de tarefas sem nenhum benefício significativo sobre os procedimentos existentes.
Nesse sentido, os capitalistas acreditam que o CBDC indicando pode ter mais vantagens para o varejo e o consumo.
As deficiências do CBDC indiano
O e-rupee foi lançado há um mês para o segmento de atacado. No entanto, isso não foi algo que trouxe a alegria dos banqueiros. O relatório da Reuters informou que a alternativa digital da rupia foi vista como algo com desvantagens.
Com o e-rupee, por exemplo, a liquidação deve ser realizada individualmente para cada negociação. Originalmente, os pagamentos eram compensados antes de serem enviados à agência de compensação. Isso possibilitava a liquidação em massa no sistema de pagamento interbancário estabelecido.
Assim sendo, o e-rupee aumenta a carga de trabalho contábil sem trazer nenhuma vantagem sobre o sistema de liquidação interbancário estabelecido.
Já para os clientes, o processo de utilização da rupia digital é semelhante ao net banking. O que não seria um grande diferencial. Afinal, as pessoas já usam esse sistema e estão satisfeitas com ele.
Expectativas para a rupia digital
O CBDC indiano, assim como as moedas digitais dos demais bancos centrais, chegou com o intuito de ser uma alternativa ao dinheiro físico. Em especial, o e-rupee ofereceria um certo grau de anonimato por usar a tecnologia de contabilidade distribuída.
Esse diferencial pode ser algo que os varejistas gostem. Contudo, para as liquidações interbancárias não há vantagens.
Outro benefício do e-rupee é o respaldo pelo banco central que deveria evitar a necessidade de uma garantia de liquidação ou de uma agência de compensação para fornecer garantias.
Na primeira fase do lançamento do CBDC, seu uso limitava-se à compra de títulos públicos no mercado secundário. O e-rupee para o segmento de atacado deveria ser usado em acordos comerciais interbancários.
No dia 1º de novembro, a Índia lançou o piloto de seu CBDC para o segmento de atacado. Já no início de dezembro, o foco foi o lançamento da moeda digital para o setor de varejo.