O rosto por trás do Digital Currency Group (DCG), Barry Silbert, está tentando acalmar os investidores de criptomoedas. Os ânimos não andam nada bem em relação a dois conglomerados do DCG, Genesis Capital e Grayscale.
Em primeiro lugar, o credor cripto Genesis está passando por um sério problema de liquidez. Na semana passada, a empresa paralisou os saques de seus clientes alegando que foi impactada pela queda da FTX.
Já a gestora de criptomoedas Grayscale chamou a atenção por não fazer parte das empresas que estão mostrando provas de reservas dos ativos de seus clientes.
Alegando que todos os ativos estão seguros no serviço de custódia da Coinbase, a Grayscale trouxe uma grande desconfiança da indústria blockchain para si.
Além disso, a gestora viu seu fundo de bitcoin, o GBTC, ser negociado com um desconto de 42% frente ao preço da criptomoeda primária.
Há motivos para preocupações com a Genesis e a Grayscale?
Em nota aos acionistas na última terça-feira (22), Silbert falou sobre os temores que estão em volta das empresas que fazem parte do grupo que foi fundado em 2015.
O defensor do bitcoin (BTC) disse que apesar do mercado de ursos, a empresa está a caminho de gerar US$800 milhões em receita este ano com apenas US$5 milhões levantados em capital primário desde o início.
Segundo a Forbes, o patrimônio líquido de Silbert é de US$2 bilhões.
“Nós resistimos a invernos cripto anteriores. Embora este possa parecer mais severo, coletivamente sairemos dele mais fortes”.
Inverno cripto de 2022
De fato, esse é um dos mercados de ursos mais intensos que a indústria blockchain sofreu. A situação macroeconômica fortaleceu o dólar americano enquanto jogou o preço do BTC e demais ativos blockchain para baixo.
No entanto, a queda das empresas de Sam Bankman-Fried (SBF) era só o isqueiro que o mercado precisava para incendiar o fogo que seria causado com o álcool derramado durante 2022.
Já na DCG, o grande medo se alastrou quando a Genesis, segundo Wall Street Journal, foi atrás de investidores para levantar um capital de US$1 bilhão na semana passada.
Silbert disse que a decisão de suspender resgates e novos depósitos foi uma questão de incompatibilidade de liquidez e duração na carteira de empréstimos.
Dessa maneira, a atitude não teria tido efeito nos negócios à vista e de derivativos ou custódia da Genesis, que continuam a operar normalmente.
Contudo, o cenário continua não sendo um dos melhores. Afinal, as dívidas da DCG chegam a ultrapassar US$2 bilhões.
A falência da Three Arrows Capital também contribuiu para esse cenário, pois a empresa devia a quantia de US$1.1 bilhão para a Genesis.