A exchange de criptomoedas BKEX relatou que alguns fundos de usuários estão envolvidos em atividades suspeitas de lavagem de dinheiro. Sendo assim, a empresa está trabalhando em colaboração com as autoridades policiais para investigar o assunto e coletar evidências. Para garantir uma investigação adequada e em conformidade com as regulamentações, a plataforma cripto irá suspender os saques durante esse período.
Com o intuito de não causar pânico em seus usuários, a empresa assegurou que manterá uma comunicação transparente e oportuna ao longo do processo. Caso algum investidor cripto que utiliza a plataforma encontre algum problema ou precise de assistência durante esse período, a equipe de atendimento ao cliente está pronta para fornecer suporte e assistência.
A lavagem de dinheiro através de exchanges de criptomoedas centralizadas tem sido uma preocupação para reguladores há muito tempo. Por essa razão, práticas como o KYC foram implementadas. Dessa forma, empresas criptos conseguem coletar informações detalhadas sobre seus usuários e verificar suas identidades para garantir que apenas transações legítimas ocorram na plataforma.
Mas mesmo assim, escândalos envolvendo lavagem de dinheiro em exchanges de criptomoedas continuam ocorrendo. Para exemplificar, no início deste ano, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) prendeu e acusou Anatoly Legkodymov, fundador da Bitzlato, por ajudar cibercriminosos a lavar fundos obtidos ilegalmente.
Segundo a Chainalysis, a Bitzlato recebeu mais de US$2 bilhões em criptomoedas entre 2019 e 2021, sendo que mais de US$966 milhões vieram de criptos ilícitas e arriscadas.
Além disso, em 2022, a Bittrex enfrentou consequências por violar as leis antilavagem de dinheiro. Em outubro, a OFAC multou a exchange de criptomoedas em US$53 milhões devido a essas violações.