Cameron Winklevoss continua revoltado com a situação que a Genesis deixou sua exchange de criptomoedas Gemini. Em uma carta recente, o investidor pediu a cabeça de Barry Silbert, CEO da Digital Currency Group (DCG).
Ao falar com o conselho do grupo, Winklevoss disse que deseja a remoção de Silbert do cargo de chefe executivo do grupo. Isso porque o co-fundador da Gemini acredita que o empresário fraudou os usuários do programa de rendimento da plataforma de negociação cripto.
De acordo com um dos rostos por trás da Gemini, tanto a Genesis quanto o DCG se envolveram em uma campanha de declarações falsas e deturpações.
Esses movimentos teriam contribuído para que os clientes da credora cripto, incluindo a exchange de criptomoedas, acreditassem na falsa liquidez da Genesis.
Winklevoss acredita que o envio de mais de US$1 bilhão que o DCG alegou ter feito para sua empresa filha não passou de uma mentira para enganar os investidores de criptomoedas.
“Essas deturpações foram um truque para fazer parecer que a Genesis era solvente”, disse Winklevoss na carta.
O empresário foi ainda mais fundo apontando que Silbert foi motivado pela ganância e isso fez com que empresas entrassem em falência. Uma delas foi a 3AC, fundo de hedge que recebia empréstimos da Genesis.
“Por todas essas razões não há caminho a seguir enquanto Barry permanecer como CEO da DCG… Esses credores merecem uma resolução para sua recuperação e só podem ser alcançados com uma nova administração na DCG”.
Entendendo a história da Gemini e da Genesis
Logo após a ruína da FTX, a Genesis entrou em um momento em que não poderia mais pagar seus investidores porque ela tinha um valor de US$175 milhões na exchange cripto falida.
Todos os clientes da credora foram afetados, incluindo a Gemini. A plataforma de negociação critpo não poderia mais honrar com os compromissos do programa Earn, pois a Genesis era a empresa que fazia esses pagamentos.
Isso resultou em um rombo de US$900 milhões que a credora passou a dever para os usuários da Gemini.
Por sua vez, Cameron Winklevoss anunciou, no início de dezembro, que estava fazendo uma página de transparência. Ela foi criada com o intuito de mostrar o processo que irá encontrar uma solução para todos os usuários do Earn que precisam resgatar seus fundos.
No entanto, um mês se passou e uma solução não apareceu. Winklevoss fez uma carta aberta a Silbert informando que ele tinha até o dia 8 de janeiro para oferecer uma resposta para todo esse caos.
Caso isso não acontecesse um processo poderia ser iniciado pela exchange cripto, pois o conglomerado já perdeu muitos prazos. Até o momento da escrita do artigo, o CEO do DCG não fez um pronunciamento que trouxesse uma solução viável para todo esse cenário.