Embora esteja sendo negociado abaixo da marca de US$1, o USDT continua ganhando popularidade.
A stablecoin da Tether passou por um aumento em seu volume de negociação de 66% em 24 horas.
O ativo estável da Binance também está na linha de crescimento, ganhando cada vez mais espaço no top 10.
Esse destaque das stablecoins é motivado pelo mercado em queda de 2022.
Ativos como USDT, USDC e BUSD são utilizados em momentos de turbulência como forma de proteção para quem deseja se manter no mundo cripto, mas não ficar exposto à volatilidade do bitcoin (BTC) e das altcoins.
Segundo o grande crítico do BTC, Peter Schiff, as stablecoins podem facilmente superar criptomoeda primária.
With the market capitalization of all #crypto tokens below $793 billion, the value of the two largest dollar-backed stable coins represents 14% of the market. That's 80% of the value of #Etherum, the 2nd largest. Soon the value of stable coins will exceed the value of #Bitcoin.
— Peter Schiff (@PeterSchiff) November 21, 2022
“Com a capitalização de mercado de todos os tokens #crypto abaixo de US$ 793 bilhões, o valor das duas maiores moedas estáveis lastreadas em dólares representa 14% do mercado. Isso é 80% do valor do #Etherum , o 2º maior. Em breve, o valor das moedas estáveis excederá o valor do #Bitcoin”.
Embora tenha argumentos para justificar sua tese, uma stablecoin vencer o bitcoin não é uma tarefa fácil.
Bitcoin vs stablecoins
Em primeiro lugar, é preciso entender que as stablecoins ganham até vantagem em um mercado de ursos, mas acabam perdendo a cena quando os touros estão no comando, algo que não acontece com o bitcoin.
Embora a criptomoeda primária passe por correções de mercado, ela ainda tem a luz dos holofotes para ela.
Para mais, o BTC conta com o grande diferencial da descentralização, algo que as principais stablecoins do mercado estão longe de ter.
Um ativo centralizado sempre conta com o risco de falha, mesmo que ele não apresente tanta volatilidade.
Sendo assim, apesar de ser natural ver investidores buscando se posicionar em stablecoins para se protegerem de um cenário de pânico, abrindo mão de suas posições em BTC, uma calmaria do mercado faz com que o bitcoin volte a ser a cripto escolhida.
Claro que o investidor de longo prazo não deve ser ignorado.
Com o passar dos anos, ativos lastreados em dólar não serão mais lucrativos que o bitcoin. Isso é algo que faz a criptomoeda primária ainda ser a favorita. Afinal, o BTC é a cripto que sempre consegue ultrapassar sua alta história em ciclos de crescimento do mercado.
Se o valor de mercado de todas as stablecoins for levado em consideração, o pensamento de Schiff pode até se concretizar um dia, mas por pouco tempo.
Contudo, a ideia de apenas um ativo estável crescer mais que o bitcoin é algo praticamente improvável de acontecer.