O escritório de advocacia Dentons, representando a Terraform Labs e o cofundador de um dos maiores escândalos do mercado de criptomoedas, Do Kwon, apresentou documentos adicionais em apoio à moção para rejeitar uma ação movida pela SEC dos Estados Unidos. A moção centrou-se em saber se os ativos digitais criados pela Terraform Labs são valores mobiliários sob um contrato de investimento.
De acordo com a SEC, Kwon orquestrou uma fraude de valores mobiliários no valor de US$40 bilhões envolvendo o que era chamado de stablecoin algorítmica UST, agora USTC. Contudo, os advogados de Dentons afirmam que esse ativo não é um valor mobiliário. Afinal, ele teria sido projetado para fins práticos e não para um contrato de investimento. A SEC, no entanto, argumentou que os documentos adicionais apresentados pelos réus não apóiam a moção para arquivar o processo.
O juiz Jed Rakoff disse que decidirá sobre a moção para encerrar o caso até 14 de julho de 2023. Essa é uma decisão importante, pois pode ter um grande impacto no mercado de criptomoedas e na forma como os reguladores dos Estados Unidos lidam com ativos digitais.
Enquanto isso, Kwon e o ex-CTO Han Chang-joon estão enfrentando extradição para a Coreia do Sul, onde estão sendo investigados por seus laços políticos com o ex-ministro das Finanças de Montenegro, Milojko Spajic.
Além disso, em abril de 2023, saíram suposições de que Kwon já sabia que a Terra (LUNA) iria colapsar, como aconteceu em maio de 2022. Antes de a altcoin cair e eliminar bilhões de dólares dos investidores, o investigado teria enviado US$7 milhões para um escritório de advocacia sul-coreano.
Segundo a KBS News, os promotores consideraram a ação de Kwon de enviar essa quantia para o escritório como uma medida intencional que reforçou a sua compreensão sobre o possível colapso e antecipou possíveis problemas legais.