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SBF emprestou US$43 milhões para o CEO do The Block

De acordo com o relatório da Axios, Sam Bankman-Fried (SBF) forneceu ao The Block cerca de US$27 milhões em financiamento entre 2021 e 2022. No entanto, a empresa declarou que os funcionários da mesma não estavam cientes das negociações. Apenas Michael McCaffrey, CEO do site de notícias e pesquisa de criptomoedas, estaria envolvido. 

A exposição ainda destacou que a empresa cripto se beneficiou de três empréstimos multimilionários de SBF.  Segundo o estudo, McCaffrey teria recebido a primeira concessão de US$12 milhões em abril de 2021. Os demais valores, US$15 milhões e US$16 milhões, foram distribuídos este ano. 

Destino dos empréstimos

O responsável pelo The Block teria utilizado os dois primeiros empréstimos para reestruturar a empresa e fortalecer seu balanço. Contudo, na terceira parcela o executivo utilizou uma parte para comprar uma propriedade nas Bahamas. 

McCaffrey confirmou os dois primeiros empréstimos em seu perfil no Twitter enquanto ignorou o terceiro em sua postagem. 

Logo após a divulgação do relatório da Axios, McCaffrey anunciou sua renúncia como CEO da empresa, cargo que ocupava desde 2020. Além disso, abandonou a posição de único membro do conselho. O ex-diretor de receita do The Block, Bobby Moran, assumiu como substituto do empresário. 

Moran reforçou que mais ninguém que trabalha no site de notícias tinha conhecimento das ações do ex-CEO. Ademais, McCaffrey só teria falado com ele a respeito do empréstimo pouco antes do dia 24 de novembro deste ano.

“Se eu soubesse disso, não só teria denunciado e contestado as ações de McCaffrey, mas também teria pedido uma mudança imediata na liderança. Deixando de lado o colapso do FTX, não há desculpa para seu engano e desrespeito pelas 160 pessoas que trabalham no The Block”, comentou o editor geral do site, Frank Chaparro. 

De acordo com Moran, não há evidências de que McCaffrey tenha tentado influenciar indevidamente a redação ou as equipes de pesquisa, particularmente em sua cobertura de SBF, FTX e Alameda Research.

O atual CEO pretende reestruturar a empresa para comprar a participação de seu ex-chefe. Mesmo que a mídia pareça estar em risco financeiro, Moran diz que continuará a operar.

Doações e o império de SBF

Conforme relatado pelo Bolha Crypto, a CarbonPlan, instituição de caridade focada em  soluções climáticas como a captura de carbono, recebeu uma doação de US$200.000 da FTX, mesmo sem pedir algum valor para a empresa.

Jeremy Freeman, fundador e diretor executivo da CarbonPlan, disse que participou de uma reunião via Zoom com funcionários da empresa e expressou seu ceticismo sobre as compensações de carbono. Isso porque a mesma se tratava de um esquema baseado em crédito pelo qual as organizações negociam ‘créditos’ de carbono para reduzir as emissões gerais. 

Freeman informou que não houve nenhuma discussão sobre algum “presente” da FTX para a CarbonPlan. Todavia, após essa reunião a plataforma de negociação de criptomoedas decidiu enviar a quantia mencionada para a conta bancária da instituição.

Até o momento da escrita do artigo, não está claro quanto dinheiro a FTX doou. Embora a empresa tenha falado de US$190 milhões, esse valor já foi contestado por algumas instituições. 

A Giving Green, por exemplo, teria recebido US$100.000, de acordo com o site da FTX Foundation. Contudo, Dan Stein, fundador do grupo, disse que sua organização recebeu US$295.000 em doações de entidades ligadas à FTX. 

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