BOLHA CRYPTO GROUP

NOTÍCIAS SOBRE O CRIPTOMERCADO

Friend Tech: a nova tendência do mercado de criptomoedas?

Friend Tech: a nova tendência do mercado de criptomoedas?

Tendências surgem a todo momento no mercado de criptomoedas e a necessidade de criar uma rede social descentralizada na indústria blockchain é uma delas. Esse modelo é uma plataforma onde os dados e o controle não estão centralizados em um único servidor ou autoridade. Isso porque, a rede social é construída em uma infraestrutura peer-to-peer.

Nesse estrutura, os usuários podem interagir diretamente uns com os outros, compartilhando conteúdo, trocando mensagens e participando de comunidades sem a necessidade de intermediários.

Essa abordagem descentralizada tem o intuito de oferecer maior privacidade, segurança e controle aos usuários, permitindo que eles sejam donos de seus próprios dados e evitando a dependência de uma única entidade para o funcionamento da plataforma.

Embora esse conceito não seja novo e já tenha sido explorado por Steemit, Minds e Peepth, nenhum projeto conseguiu ganhar muita notoriedade.

Um dos fatores que pode ter contribuído para a não aceitação do grande público é o fato de esses protocolos não serem muito amigáveis para o usuário comum, alcançando assim uma pequena parte dos entusiastas blockchain. Até mesmo pessoas de dentro do meio cripto viraram as costas para redes sociais descentralizadas que além de lentas, não apresentavam nada de especial.

No entanto, outra plataforma surgiu em 2023 e tem chamado a atenção, e o nome dela é Friend Tech. Então vamos conhecer o que ela tem de diferente e entender se ela tem alguma chance de sobreviver além do hype.

O que é Friend Tech?

O conceito de Friend Tech foi atribuído a Racer (@0xRacerAlt), uma figura importante no desenvolvimento de aplicativos como TweetDAO e Stealcam. Essa plataforma tem uma proposta de unir a rede social descentralizada a personalidades do mundo das criptomoedas.

Segundo Yuga Cohler, engenheiro sênior de software da Coinbase, o Friend Tech nada mais é do que uma plataforma de rede social descentralizada voltada para personalidades cripto. Com isso, vemos que ela já se diferencia por não mostrar foco em alcançar a grande massa, como as plataformas anteriores.

Cohler também declarou que a inovação da Friend Tech está na utilização de “ações” como ativos digitais. Essas ações representam a propriedade no contexto da interação com as personalidades do mundo cripto. O conceito é semelhante ao princípio de posse de ações em uma empresa no mercado tradicional.

O Friend Tech apresenta funcionalidades que se assemelham a plataformas conhecidas, como grupos no WeChat ou no Telegram. No entanto, seu diferencial está no processo de entrada e saída dos grupos, o que define a essência dessa plataforma.

Os usuários têm a opção de ingressar em comunidades específicas, adquirindo uma parte do grupo selecionado e pagando uma taxa de participação básica. Caso decidam sair posteriormente, podem liquidar suas ações.

Conforme o número de participantes em um grupo aumenta e a quantidade total de ações do mesmo cresce, o preço base de cada ação também aumenta.

Além disso, as ações também podem possibilitar que os acionistas troquem mensagens privadas com a pessoa em questão e, potencialmente, obtenham lucros com a sua popularidade. Esse fator é bastante interessante para combater os fakes na plataforma.

O aplicativo também conta com uma estrutura de taxas e um sistema de pontos de incentivo. A cada compra ou venda de uma ação de grupo, é cobrada uma taxa de 10%. Desse valor, 5% são distribuídos entre os acionistas do grupo e os outros 5% são destinados às receitas de tesouraria.

A receita tem o intuito de recompensar os usuários que contribuem para o crescimento e desenvolvimento do Friend Tech, seja através da indicação de novos usuários, criação de grupos populares ou fornecimento de feedback e recomendações.

Como acessar?

O Friend Tech oferece um processo de integração simples e acessível. Para exemplificar, os usuários de dispositivos iOS podem acessar facilmente o site oficial no Safari e adicioná-lo à tela inicial, sem a necessidade de downloads de aplicativos de terceiros.

O acesso é restrito para dispositivos móveis. Sendo assim, você deve acessar o site friend.tech através do navegador de seu celular.

Para começar a interagir na plataforma, os interessados devem adquirir um código de convite e conectar suas contas do Twitter. Após completar essas etapas iniciais, é necessário injetar uma quantidade mínima de 0,01 Ethereum (ETH) na rede Base, a Layer 2 da Coinbase, onde a plataforma foi lançada. Essa transação permite o acesso ao aplicativo Friend Tech e a todas as suas funcionalidades.

O código de convite não é fácil de ser conseguido. No entanto, você pode acessar canais do Telegram para isso (deixo aqui o link de um, apenas tome cuidado com os scammers) ou através do Twitter. Ao pesquisar por códigos do Friend Tech, preferencialmente em inglês, você pode encontrar alguns para testar e saber se ainda estão disponíveis.

As pessoas estão dando importância para o Friend Tech?

Na verdade, sim. Isso porque, em sua curta existência, a plataforma já registrou mais de 126.000 transações, com um volume de negociação que ultrapassou 4.400 ETH desde o seu lançamento em 10 de agosto de 2023. Além disso, em apenas 10 dias, o Friend Tech viu seu número de usuários únicos ultrapassar a marca de 39 mil.

Um dos nomes notórios que decidiu ingressar na rede social foi o filho de John Lennon, Sean Ono Lennon. O entusiasta do bitcoin (BTC) declarou em sua conta no Twitter que esteve conversando com os Keyholders do Friend Tech sobre o futuro da plataforma, caso consiga realmente se expandir.

O Friend Tech é seguro?

No momento da escrita deste artigo, a resposta é não muito. De acordo com EljaBoom, um pesquisador blockchain, o aplicativo tem a capacidade de postar e retuitar em nome dos usuários. Para corrigir isso, os utilizadores do app podem clicar nas configurações de sua conta do Twitter e revogar o acesso do Friend Tech, retirando os direitos de postagem e retuíte do aplicativo selecionando a seção ‘Segurança e acesso à conta’ e clicando em ‘Conta conectada’.

Além disso, foi revelado que a equipe por trás do Friend.Tech é a mesma que estava envolvida com o KosettoIsKawaii, uma plataforma que vendeu adesivos NFT vestíveis em 2022 e teve usuários promovendo códigos de referência. Desde então, não houve mais atualizações do grupo de pessoas.

Outros pesquisadores também estão descobrindo falhas de segurança no aplicativo. O @bantg informou que ocorreram vazamentos de informações confidenciais. Esse hack revela informações substanciais sobre mais de 101.000 indivíduos, incluindo seus endereços de carteira base e identidades do Twitter.

Após a divulgação do ocorrido, o Friend Tech se defendeu, alegando que as informações vazadas já eram públicas, assim como alguém que lê um feed do Twitter.

Friend Tech vai sobreviver ao hype?

Sem dúvida, a ideia por trás da plataforma é muito boa. Contudo, as chances de ela ir para o cemitério cripto após o hype são grandes. Em primeiro lugar, é preciso ressaltar que boa parte de sua popularidade veio pelo fato de estar na Layer 2 da Coinbase, que foi a grande sensação de agosto. Além disso, já em seu início, apresentar problemas de falta de segurança não é uma boa forma de se apresentar a investidores criptos mais exigentes.

Outro ponto importante é o modelo de negócios do Friend Tech. Apesar de ser muito bom você precisar pagar para entrar em contato com alguém ou para acessar um grupo, pois isso ajuda a evitar que pessoas com ideias fraudulentas se comuniquem com investidores honestos, essa ideia pode limitar a participação de indivíduos na plataforma. Sem contar a necessidade de pagar para entrar. Isso parece mais uma forçação de barra para ajudar na movimentação da Layer 2 da Coinbase, algo não sustentável a longo prazo.

Também é válido destacar que o modelo de pagamento por acesso não é exclusivo do Friend Tech, e existem outras plataformas que oferecem experiências semelhantes ou com propostas de valor adicionais.

Para que o modelo de ações da plataforma seja sustentável, ele depende da geração de receita através das transações e taxas. Assim, será necessário gerar um fluxo de caixa suficiente para cobrir os custos operacionais, investir em melhorias contínuas e oferecer incentivos aos usuários.

Caso a receita não seja suficiente, isso pode afetar negativamente a viabilidade financeira da rede social. Para validar seu modelo de negócio, a plataforma precisa ter a capacidade de atrair um número significativo de usuários dispostos a pagar pelos benefícios oferecidos.

O contato com criadores de conteúdo relevantes para o mercado de criptomoedas também é importante, pois sem eles, não será possível despertar interesse em mais pessoas para acessar o aplicativo, já que nada será apresentado por lá.

Moda cripto é na Tipo Crypto

Uma loja de moda cripto no ritmo da nova geração, que é urbana, inclusiva e descolada. Se você investe em moedas digitais, coleciona NFTs, tá plugado na Web3 ou é um Ancap, vista Tipo Crypto.

tipocrypto.com

Isenção de responsabilidade

As informações apresentadas neste artigo são apenas para fins informativos e educacionais. Nada aqui contido deve ser interpretado como aconselhamento financeiro ou sugestão de investimento. O Bolha Crypto não se responsabiliza por quaisquer perdas geradas pela utilização do conteúdo, produtos ou serviços mencionados.

Siga nossos grupos no TELEGRAM e WHATSAPP.

Leia Mais:

Mais lidas