O CEO da IBM, Arvind Krishna, expressou em uma entrevista à Bloomberg em 1º de maio a intenção da empresa de diminuir a contratação para cargos que possam ser automatizados pela inteligência artificial (IA). Isso ocorre devido ao potencial de automação nos departamentos de recursos humanos e contabilidade, que podem ser os primeiros a sofrer o impacto da IA.
Krishna observou que, no decorrer de cinco anos, até 30% dessas funções podem ser substituídas por IA. A IBM possui aproximadamente 26.000 funcionários que não atuam diretamente no atendimento ao cliente, o que corresponde a cerca de 7.800 cargos que podem ser potencialmente assumidos pela IA. A empresa emprega globalmente 282.000 pessoas, conforme indicado no LinkedIn.
De acordo com relatórios, a IBM já conseguiu economizar mais de US$ 1 bilhão em despesas operacionais e custos de manutenção graças à automação baseada em IA. Tarefas como emissão de cartas de verificação de emprego e transferências de funcionários entre departamentos são exemplos de atividades que podem ser automatizadas.
No entanto, o CEO da IBM acredita que determinadas funções de recursos humanos que demandam discernimento humano, como a avaliação da composição da força de trabalho e medição da produtividade, não devem ser substituídas nos próximos dez anos.
A possibilidade da IA impactar significativamente o mercado de trabalho tem gerado debates entre especialistas. Um estudo recente apontou que 62% dos americanos veem um “grande impacto” nos trabalhadores com a implementação da IA no ambiente de trabalho nos próximos 20 anos.
Com a crescente automação de funções de “back-office”, a IBM está reavaliando suas estratégias de contratação. A substituição de postos de trabalho por IA é uma questão controversa, e a perspectiva do CEO da IBM contribui para o debate sobre o impacto da inteligência artificial nos próximos anos.