A economia digital brasileira está prestes a dar um novo passo graças a um acordo técnico de cooperação estabelecido na última terça-feira (23). Nathalie Vidual, a superintendente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e Bruno Gomes, Superintendente de Supervisão de Securitização (SSE) da CVM, confirmaram uma parceria com a Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto).
A nova aliança propõe um ambiente onde inovações financeiras, como as finanças descentralizadas (DeFi), sejam incorporadas e bem compreendidas pelo público em geral. A CVM e a ABCripto planejam desenvolver campanhas e materiais pedagógicos, que irão orientar a população a navegar nesse mundo de blockchain e investimentos em ativos digitais. Este pacto, segundo comunicado oficial, visa criar um futuro onde a economia digital floresça de maneira segura e acessível para todos.
Além disso, o pacto também visa a fortalecer o setor de educação, especificamente a capacitação de professores em economia digital e finanças sustentáveis. Vidual enfatizou a necessidade de criar oportunidades de aprendizado para os jovens em situação de vulnerabilidade e promover uma compreensão mais ampla da economia digital. A intenção é proporcionar a eles uma chance de participar ativamente desse novo mercado financeiro emergente.
Nesse contexto, Antônio Berwanger, superintendente de mercado da CVM, vê esse acordo como uma excelente oportunidade para reforçar a segurança e a transparência nas operações financeiras. Ele acredita que a parceria tem potencial para impulsionar a inovação e promover o crescimento equilibrado do mercado de valores mobiliários.
Outro aspecto importante desse acordo é o estabelecimento de uma colaboração estratégica com o Comitê Sandbox da CVM. O plano é desenvolver ações de suporte técnico para os associados da ABCripto e para o mercado em geral, com o objetivo de cumprir rigorosamente as normas e orientações da autarquia.
Gomes acrescentou ainda que a colaboração buscará esclarecer os requisitos normativos da CVM, como, por exemplo, as normas de crowdfunding, ofertas e mercados organizados, que podem ser relevantes para as exchanges emissoras de tokens de renda fixa.
Envolvendo instituições apoiadas pela ABCripto e pela CVM, o acordo também prevê a atuação conjunta com laboratórios e plataformas de inovação. A ideia é harmonizar essas interações com o ambiente regulatório experimental da CVM, por meio de ações educacionais, estudos e pesquisas.
