A iniciativa da Disney no metaverso foi interrompida com a demissão de 50 funcionários envolvidos no projeto. Essa medida ocorre no contexto de uma reestruturação mais ampla na empresa, que visa reduzir custos e otimizar suas operações.
Segundo uma matéria do Wall Street Journal publicada na última segunda-feira (27), a Disney pretende cortar 7.000 postos de trabalho. A decisão de encerrar a divisão de metaverso coloca a empresa na lista crescente de corporações tradicionais que se afastam do ecossistema Web3 após uma breve experimentação.
Inicialmente, em 2022 a Disney começou a investir no metaverso, escolhendo o Polygon como sua blockchain nativa e contratando especialistas para essa área, incluindo um advogado especializado em NFTs e finanças descentralizadas (DeFi). No entanto, passado mais de um ano, os planos da companhia para o setor permanecem indefinidos.
Meta abandona NFTs
Além da Disney, a Meta também anunciou recentemente a descontinuação do suporte para tokens não fungíveis (NFTs) em suas plataformas Facebook e Instagram, reforçando a tendência de cautela entre as grandes empresas tradicionais em relação ao segmento Web3.
Nesse ínterim, os tokens relacionados ao metaverso apresentaram uma redução de 4,71% em suas cotações nas últimas 24 horas, conforme apontam os dados do CryptoSlate. Essa queda nos preços acompanha o declínio mais amplo no mercado de criptomoedas, que enfrentou turbulências após a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) agir contra a Binance.
O afastamento da Disney e da Meta do cenário Web3 evidencia um movimento de precaução por parte de grandes corporações, que buscam avaliar os riscos e oportunidades associados a esse novo mercado antes de se comprometerem mais profundamente com o setor.