Enquanto o lançamento dos ETFs spot de Bitcoin em Hong Kong inicialmente chamou a atenção, as entradas registradas são apenas uma pequena fração das vendas observadas nos ETFs dos Estados Unidos. Isso levanta a questão: será que o preço do bitcoin pode revisitar a marca dos US$50.000?
As entradas institucionais através de ETFs foram um fator importante para a chegada do BTC a novas máximas históricas. Dados da CryptoQuant revelam que, em 15 de fevereiro, quando o bitcoin ultrapassou US$50.000, cerca de 75% dos novos investimentos na criptomoeda líder vieram de ETFs.
No entanto, o cenário atual é diferente. O Fidelity’s Wise Origin Bitcoin Fund (FBTC) foi responsável pela maior parte das saídas registradas em 1º de maio, vendendo mais de US$191 milhões em bitcoin. O Grayscale’s GBTC fund ficou em segundo lugar, com US$167,4 milhões em BTCs vendidos no mesmo dia, de acordo com dados da Farside.
Apesar da empolgação inicial com o lançamento do primeiro lote de ETFs spot de Bitcoin e Ethereum em Hong Kong no dia 30 de abril, o volume de negociação tem sido menor do que o esperado. Para exemplificar, no primeiro dia, essa métrica ficou em torno de US$12,4 milhões, bem abaixo dos US$4,6 bilhões registrados no primeiro dia de negociação dos ETFs spot de Bitcoin nos Estados Unidos.
O analista sênior de ETFs da Bloomberg, Eric Balchunas, apontou que o mercado de Hong Kong é significativamente menor do que o dos EUA. Considerando essa diferença de tamanho, o volume de US$12,4 milhões em Hong Kong equivaleria a aproximadamente US$1,6 bilhão negociados nos Estados Unidos.
Apesar das entradas iniciais serem baixas, o lançamento dos ETFs de Hong Kong pode estabelecer um precedente para outras jurisdições, de acordo com James Wo, fundador e CEO da DFG. Em entrevista, Wo afirmou:
“Esses ETFs abrem os mercados asiáticos à exposição a criptomoedas, o que provavelmente pode impulsionar os preços a longo prazo, à medida que mais países sigam os passos de Hong Kong”.