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Prova de reservas: saiba agora o que é e como funciona esse termo popular no mercado de criptomoedas

Logo após a queda da FTX, um dos termos mais comentados no mercado de criptomoedas foi Proof of Reserve (PoR), prova de reservas em português. Changpeng Zhao (CZ), CEO da Binance, foi um dos que abriu caminho para esse termo que já era difundido pela Chainlink (LINK). 

Segundo CZ, todas as exchanges criptos deveriam fazer a prova de reservas. Dessa forma, iriam trazer segurança para seus clientes de que os fundos dos mesmos não estavam sendo utilizados em lugares que não deveriam. 

Mas qual o motivo disso? 

Os bancos trabalham com reservas fracionárias. Nela, as instituições financeiras fazem empréstimos ou investimentos em valor superior ao dos depósitos sob sua guarda. Elas podem fazer isso desde que mantenham como reserva uma determinada fração do valor desses depósitos. 

No Brasil, a reserva fracionária deve ser mantida em dinheiro ou ativos de alta liquidez, no banco privado ou no Banco Central. A taxa de reserva fracionária é definida pelo Bacen.

É justamente nesse cenário que a reserva fracionária faz com que os bancos criem dinheiro do nada, sem nenhuma base e o joguem na economia, contribuindo para a inflação. 

Com a ideia de um dinheiro descentralizado, sem censura e com inflação controlada que é a do Bitcoin (BTC), a expectativa era que no mercado cripto a reserva fracionária não aparecesse. 

Infelizmente, os acontecimentos relacionados ao império de Sam Bankman-Fried (SBF) mostraram que não é bem assim que as coisas funcionam em empresas centralizadas. Por essa razão, a ideia PoR chegou. 

Mas o que é a prova de reservas? 

Em essência, o PoR é um processo de auditoria verificável que contribui para aumentar a transparência das reservas de criptomoedas gerenciadas por empresas da indústria blockchain. Assim sendo, ela identifica as reservas de fundos usando provas criptográficas.

A meta é que o PoR traga a legitimidade de entradas em carteiras públicas e auditorias de rotina de terceiros. Afinal, uma empresa auditar suas próprias reservas não tem lógica. 

Com maior segurança, os clientes das plataformas centralizadas conseguem usar as informações apresentadas para determinar se a empresa está em uma posição financeira forte e se os depósitos dos mesmos podem ser sacados a qualquer momento. 

Além disso, é válido ressaltar que a prova de reservas faz uso do blockchain, mas ainda depende da precisão dos processos contábeis e da avaliação de ativos off-chain.

Comprovantes 

Logo após a auditoria terceirizada, o responsável pela mesma compila os valores mantidos em uma Three Merkle usando um screenshot anônimo de todos os saldos.

A Three Merkle possui evidências criptográficas que permitem a consolidação de grandes quantidades de informações em um único hash, resumindo os dados inseridos. 

Além disso, ela oferece aos usuários a capacidade de verificar conteúdos específicos que foram incluídos em um determinado conjunto de dados “lacrados”, onde é possível verificar se informações foram alteradas. 

O auditor obtém uma raiz Merkle, que é uma impressão digital criptográfica usada para identificar a combinação específica desses saldos no momento em que o screenshot foi obtido.

Depois, ele reúne assinaturas digitais criadas pela exchange cripto que atestam quem está no controle de endereços on-chain com saldos acessíveis ao público. Finalizando, o auditor faz uma comparação e verifica se esses saldos são maiores ou iguais aos saldos dos clientes mostrados na Three Merkle.

Esse método é confiável?

Ao ser difundido por CZ, o PoR chamou a atenção de forma positiva. Fato esse que pode ser comprovado com exchanges realizando o mesmo passo. Nesse cenário, a prova de reservas se mostrou um grande movimento em direção a um ecossistema transparente. 

Com os registros de transações, as plataformas centralizadas conseguem atestar os passivos de cada conta. Olhando para a segurança e anonimato dos usuários, as exchanges deveriam publicar com uma tag que apenas os proprietários de suas contas soubessem.

No entanto, tem gente que é contrária ao modelo de PoR da Binance e também se esquiva de segui-lo. O CEO da Kraken, por exemplo, disse que a apresentação da plataforma rival não é um sistema de prova de reservas mas sim uma “ignorância ou deturpação intencional”.

“A Merkle Tree é apenas uma besteira sem um auditor para garantir que você não inclua contas com saldos negativos. A declaração de ativos é inútil sem passivos”.

Powell disse que o objeto de se tornar transparente era entender se uma exchange cripto tinha mais criptomoedas sob sua custódia do que devia a seus clientes.

Já a Grayscale declarou que não irá se submeter ao PoR.  Segundo a gestora de ativos, os regulamentos que se aplicam a ela e suas entidades tornam quase impossível um cenário semelhante ao da FTX.

A empresa informou que cada um de seus produtos está registrado como uma entidade separada com seus próprios regulamentos.

Nesse sentido, cada lei e regulamento que rege cada um de seus fundos em criptomoedas impede que os ativos sejam vendidos, emprestados ou transferidos de outra forma.

A verdade é que a FTX abalou de tal maneira o mercado de cripto que fica difícil saber se apenas uma prova de reservas será suficiente para que os investidores confiem da mesma forma em exchanges centralizadas.

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