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A Binance é um gigante indestrutível?

A Binance é um gigante indestrutível?

Sem dúvida, a Binance é a maior exchange do mercado de criptomoedas. A plataforma cripto tem um grande volume de negociação, na verdade, bem maior que a segunda colocada, que é a Bybit.

Nas últimas 24 horas, a Binance ostenta um volume de trading de US$74 bilhões, enquanto sua rival possui um de “apenas” US$14 bilhões.

Mas será mesmo que isso é um sinal de que a Binance é indestrutível ou ela é apenas mais um gigante que pode cair a qualquer momento?

Para responder a essa pergunta, vamos relembrar como foi o ano de 2023 da Binance com a participação de Guta Nascimento, jornalista especializada em tecnologias digitais emergentes e colunista do Web3News.

Participação de mercado

Em 2023, a Binance perdeu participação de mercado para alguns players, como Bybit e OKX. Ao finalizar o ano, a exchange de criptomoedas tinha apenas 34% das fatias de negociação da indústria.

Fatores que contribuíram para esse cenário foram a mudança no modelo de taxas de negociação da empresa e também o escrutínio regulatório que ela sofreu com agências reguladoras nos Estados Unidos, como SEC e CFTC, que afetaram a confiança que os investidores depositaram na Binance.

Além disso, temos a visão de Guta Nascimento que aponta a falta de novidades como um fator que impediu o crescimento da empresa. Afinal, a Binance continuou oferecendo os mesmos produtos para seus usuários, lançando alguns tokens e mantendo o seu marketing.

O investidor que não costuma ficar de olho nas notícias não sentiu diferença alguma.

Mas esse pode ter sido justamente o calcanhar de Aquiles da Binance. Isso porque, com a regulamentação em cima dela, ficou difícil de novos produtos chegarem para os investidores e outras empresas aproveitaram esse momento para crescerem.

“Mas internamente a gente desconhece quais os processos de reestruturação que ela teve que passar, por causa de todo o processo legal que ela vem enfrentando nos Estados Unidos e que o CZ vem enfrentando, então eu acho que tudo isso se refletiu internamente”.

O cenário de não saber que rumo os processos tomariam pode ter enfraquecido a empresa.

“Isso deve ter mexido com as estruturas internas que talvez também não conseguiram expandir, trazer novos produtos, trazer novas ações de crescimento. Eu imagino que quando acontece uma coisa dessas em uma empresa, ela, em geral, tem que ficar parada aguardando”.

Tudo isso resultou no famoso FUD.

“Acho também que tem aí a questão externa, o FUD que todas essas ações que a gente falou agora devem ter causado, e aí muita gente tirou dinheiro da Binance, sobretudo os grandes, quem tem muito dinheiro, quem tem muita cripto. A maioria das pessoas no mundo inteiro não acompanha como a gente acompanha as notícias, então eu acho que não foi o pequeno usuário, os sardinhas, como a gente brinca, mas eu acho que grandes baleias devem, em função dessa instabilidade jurídica toda da Binance, ter retirado bastante volume de dinheiro no ano passado”.

Binance vs SEC

A Binance foi uma das “queridinhas” da SEC quando o assunto é investigação no mercado de criptomoedas. A agência reguladora acusou a empresa de manipulação de mercado por meio de autonegociação e a venda/oferta de diversos valores mobiliários não registrados.

Mas será que isso foi uma perseguição à maior exchange cripto? De acordo com Guta, nós não podemos responder a essa pergunta com 100% de certeza.

“A gente não tem como afirmar com certeza de que é uma perseguição específica… Até porque a gente não tem acesso ao processo como um todo”.

Conforme destacado pela jornalista, uma paralisação da Binance pode privilegiar outras grandes exchanges que querem tomar esse lugar de primeiro do mundo.

“Mas a gente sabe também, por experiência de acompanhar a indústria blockchain, que para o mercado norte-americano e para as grandes corretoras americanas, o enfraquecimento da Binance, sim, seria uma oportunidade de crescimento para eles”.

A saída de CZ

Claro que não há como falar de Binance sem mencionar a saída de CZ da empresa. O fundador e ex-CEO da exchange cripto renunciou ao cargo e se declarou culpado por violar leis norte-americanas anti-lavagem de dinheiro. Esse movimento faz parte de um acordo histórico visando preservar a gigante das criptomoedas.

Ao ser questionada sobre sua visão sobre esse acontecimento, Guta respondeu:

“A gente só fica no campo da especulação, já que não conseguimos ter acesso às informações oficiais… Mas, acho que tem um entendimento também de que a quebra da Binance, como aconteceu com a quebra da FTX, seria um abalo muito grande no mercado. Não só no mercado norte-americano, mas no mercado de outros países”.

Nesse sentido, a especialista em tecnologias digitais emergentes acredita que “houve aí uma intenção de se costurar um acordo para afastar o CZ, mas sem quebrar a Binance“.

Indestrutível ou não?

Ao analisar todos esses pontos, vemos que apesar de a Binance ser um gigante inegável, ela não é indestrutível. Claro que para nossos investimentos, o desejo de que ela não vá à falência é muito forte, mas é sempre bom lembrar que exchange não é carteira. Seus fundos só estão seguros se estiverem com você, independentemente do tamanho da empresa.

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